terça-feira, 31 de maio de 2011

Palestra na Escola Olímpio V. Albrchet






Nos dias nove e onze de maio os escritores Jacy Ribeiro, Jandira T. Weber e Gladys Gimenez foram a Escola Olímpio V. Albrecht para realizarem um ciclo de palestra sobre o escritor Moacyr Scliar. A obra escolhida foi o conto - Um Sonho no Caroço de Abacate.



terça-feira, 17 de maio de 2011

Oficina Lierária Pelotão Esperança



No último dia 12 de maio, o Centro Literário reiniciou suas atividades literárias no Pelotão Esperança, que funciona junto ao 16º GAC. Na ocasião, a escritora Marly Leiria falou aos jovens sobre a grande importância do imigrante para o desenvolvimento da Região do Vale dos Sinos, citando algumas curiosidades  sobre os costumes e hábitos dos imigrantes, destacados do livro Imigração Alemã de Telmo Lauro Müller. Além disso, mostrou recortes de jornais antigos, onde se pode constatar como era cidade de São Leopoldo.

Num segundo momento, aproveitando a proximidade da data em que se comemora a abolição da escravatura, a escritora Jandira Teresinha Weber ressaltou a grande contribuição dos negrosna cultura,  na culinária, na música, no futebol, na arte, na dança, na literatura, etc. do Brasil. Na literatura, ela destacou o grande escritor Machado de Assis, que era mulato.

Para exemplificar o grande sofrimento impingido pelos senhores aos negros à época da escravidão, a palestrante resumiu o conto  Pai contra mãe.

Para terminar a atividade, a escritora Jandira provocou os alunos a refletirem  sobre esses dois momentos da história brasileira.


Texto elaborado por Jandira Weber.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Meu Primeiro Poema




Ah! meu primeiro poema!
Ficou perdido no tempo.
O amor era seu tema,
Resultou de contratempo
Do amargor de ser traída
Por quem de mim nem sabia.
Quanta lágrima sofrida
Verteu minha nostalgia!

Ah! meu primeiro poema,
Bálsamo do coração!
Tinha cheiro de alfazema,
Refletiu a solidão
De minha alma adolescente
Que se inflamava co´a vida
Com sorriso transparente.
Extinguiu-o mão bandida.

Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google
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quarta-feira, 11 de maio de 2011

O Menino e o Aro



Manhã de sol...



Lá vem o menino franzino e de pés descalços ladeira abaixo, com seu aro a rodar.



Rodando seu aro, lá vai o menino pelas ladeiras da vida, nas voltas do tempo, a sonhar...



E rodando seu aro, sonha um dia ser grande e forte ao volante de seu carro, a rodar...


Lá vai o menino rodando seu aro pelas ladeiras da vida, nas voltas do tempo, a sonhar...


Sonha, menino...



Segue, menino... rodando seu aro, pelas voltas do tempo, pelas ladeiras da vida, sem saber onde vai parar...


JandiraTeresinha Weber
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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Eternizado no Tempo

No tempo em ti eternizado,
Como perene melodia,
Alvoreço na sinfonia
Que plange o amor enraizado.

Flutuo no imaterial,
Dissipam-se formas concretas,
Percorro cenas indiretas
E atinjo o espiritual.

Não diferencio a luz do dia
Tampouco da noite o negrume.
Futuro? se o tempo rume.
Passado? Expirou na magia.

Hoje, preso na tua teia,
Imortalizado no momento
Do tempo sempre em movimento,
Destilo-me na tua veia.



Mardilê Friedrich Fabre

Imagem: Google

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sábado, 7 de maio de 2011

Jurássico

Já fazia 35 anos que Euclides havia perdido a confiança nos seus joelhos. Achou irônico o fato de sua vida depender deles agora. Não sabia onde e nem em que época estava. Tinha certeza somente de duas coisas: conhecia muito bem qual era a criatura que o perseguia e tinha que continuar a correr. Precisava chegar até as árvores, estaria seguro embaixo delas, e estava bem próximo a elas quando seus joelhos se renderam.
Euclides conheceu o terror. Afinal um pterodátilo faminto apresenta um comportamento nada gentil ante a sua presa.

Euclides não pode comemorar a maior vitória de sua vida, pois descobriu da pior maneira que sua máquina do tempo funcionara.
Fábio Vinicius Monteiro
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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Simplesmente crer

 

 

Final de verão, o calor dos últimos dias não dava tréguas. Os dias e as noites se seguiam languidamente, deixando a todos extenuados pelas noites mal dormidas.


Meu netinho de 2 anos, que estava em visita á minha casa, se revirava de um lado para o outro na cama sem conseguir dormir. Então, tomei-o em meus braços e saímos a andar pelo jardim. O ar estava impregnado pelo perfume do Jasmim Gardênia, e, de quando em quando uma brisa morna e suave brincava com os ramos das árvores. Tudo transmitia beleza e paz, sob o manto alvo da luz do luar.


Eu seguia com o pequenino em meus braços, nomeando cada árvore, cada flor, até que, apontando para o céu lhe disse: Olhe só meu amor! Olhe como é bela a lua! Ele olhou firmemente para a lua majestosa a brilhar absoluta no infinito e diz: “Qué i lá”. Então feche os olhinhos que eu te levarei até a lua. Por alguns instantes ele permaneceu de olhinhos fechados, ao final dos quais os abriu e olhando para mim disse: Cheguei!


Ficamos assim, por mais algum tempo envoltos nesta atmosfera mágica, até que ele adormeceu.


Estamos no outono, que trouxe consigo temperaturas mais amenas. Dos dias e das noites escaldantes do verão guardo tão somente a expressão de confiança e fé resplandecidas pela luz da lua, no rostinho angelical de meu neto.


Que bela lição este pequeno menino pode nos ensinar. Confiante acreditou que bastava querer ir à lua, que chegaria lá.


Fico a pensar o quanto temos que aprender com as crianças. Elas são claras, diretas e simples, não racionalizam e nem escondem seus sentimentos, por medo de serem mal interpretadas ou ridicularizadas como o fazemos nós adultos, elas simplesmente crêem.


Penso nas crianças violentadas, torturadas, espancadas. Penso naquelas que em tenra idade perderam suas vidas inocentes vitimadas por atos insanos de adultos que perderam a capacidade de sonhar, de confiar, de amar. Busco compreensão teórica para tanta barbárie, porém meu coração não consegue se concatenar com as explicações lógicas científicas do meu intelecto. A única explicação plausível para tanta selvageria que me ocorre, está na falta de amor e de respeito para com as crianças. Esta na falta de capacidade de se colocar no lugar do outro, e não fazer a seu semelhante o que não quer para si mesmo.


Nestes dias que antecedem o domingo de Páscoa, data em que o mundo cristão comemora a ressurreição de Jesus Cristo, aproveitemos para relembrar do grande ensinamento do Mestre Jesus que disse – Se quiseres entrar no Reino dos Céus, é preciso que te tornes como criança. Jesus afirmava que o reino dos céus é um estado de harmonia e paz e que está dentro de cada um de nós, basta termos fé e confiar firmemente na Sua palavra.


Confiar como a criança que se joga de cima de uma cadeira para os braços de seu pai e/ou de sua mãe, pois crê firmemente que eles não a deixarão cair.



Jandira Teresinha Weber


Imagem: Google
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Encontro com Suzana Vargas


Encontro no Cereja Café da presidente do Centro Literário Jandira Weber e das associadas Hilda Kfuri e Mardilê F. Fabre com a escritora Suzana Vargas, do Rio de Janeiro.