sábado, 17 de setembro de 2016

Como é bom ser idoso!



Ah! Como é bom ser idoso
Ver a vida como quiser
Andar por onde consegue
E fazer tudo o que puder
Lembrar os sonhos realizados
E deles se orgulhar
Traçar então outros planos
E novos sonhos sonhar

Ah! Como é bom ser idoso
Como é bom com os netos brincar
Lembrar os brinquedos de infância
E a eles tudo ensinar
Descobrir que dentro de si
Ainda existe aquele calado
Capaz de mostrar aos seus netos
Que tudo na vida é guardado
Ah! Como é bom ser idoso
Sentir que ainda tem a vontade
De amar sem limites frustrados
Que lhe tolham a liberdade
Dormir bem sossegado
Sem ter que se preocupar
Com o cedo do dia seguinte
E o transporte que vai precisar


Ah! Como é bom ser idoso
Fazer o que mais lhe agradar
Saber o que não pode comer
Para a vida lhe prolongar
Fazer-se às vezes criança
Tornando sua mente ativa
Sabendo que é bom viver
Em qualquer idade da vida

J.G.Ribeiro
Imagem: www.venturaresidence.com.br


sábado, 10 de setembro de 2016

Em busca da Verdade



No Universo o que acontece
Que renasce ou que perece
Bem como tudo que ocorre
Existe em disco gravado
E pode ser recuperado
Porque no céu nada morre

Quero voar pelos ares
Conhecer novos lugares
Na busca de tal registro
Às gravações ter acesso
Outro desejo confesso
Quero encontrar Jesus Cristo

Aproveitando essa viagem
Solicitar a mensagem
De muitos nobres mentores
Quero copiar no infinito
O grande livro escrito
Pelas almas superiores

Quisera ser bom repórter
Com vontade muito forte
E inspiração celestial
Para trazer a Verdade
Amor e Fraternidade
Do arquivo universal.


W. F. Aquino

Imagem: www.diarioonline.com.br

sábado, 3 de setembro de 2016

Está faltando leitura



Sinto certo desânimo entre as pessoas com as quais comento as informações sobre o baixo desempenho de nossos jovens nas provas de redação do ENEM. Poucos acreditam em recuperação a curto prazo porque os jovens não leem jornais, livros ou revistas impressos. Penso que não é só por culpa deles. 

Creio que o excesso de mídias digitais suprimiu muito rapidamente costumes salutares como a pausa para a leitura, por exemplo, quando podíamos nos divertir com romances açucarados, aventuras e dramas emocionantes. Posso parecer saudosista, mas como eram bons aqueles romances de antigamente, embora adoçados com a cumplicidade da nossa imaginação! Talvez ingênuos demais, contudo criativos e atraentes. 

Lembro-me muito bem, com que volúpia eu devorava os romances de Karl May, narrando as aventuras do cacique apache Winnetou. Ou os arrepiantes contos policiais de Sir Arthur Conan Doyle nos quais o mais famoso detetive de todos os tempos, Sherlock Holmes, desvendava crimes escabrosos, como se tudo tivesse acontecido há dois metros do seu nariz. Ambos os autores, fizeram, e fazem ainda hoje, muito sucesso com suas histórias, e é difícil para qualquer amante da boa leitura, aceitar que seus contos são apenas fruto de uma boa criação literária. Durante muitos anos, o endereço do detetive Sherlock Holmes recebeu cartas, tentando contratar os seus eficientes serviços. 

Já o romancista alemão, Karl May, escreveu sobre as aventuras dos famosos apaches, contando detalhes sobre a flora e a fauna local, sem jamais ter colocado os pés no território dos guerreiros indígenas. Os tempos são outros, é claro, mas a meu ver, o problema está na troca do protagonismo. 

A leitura perdeu terreno no campo do entretenimento. Estamos vivendo a geração smartphone, com consequências diretas nas relações interpessoais, alterando inclusive a própria vivência familiar. Através da Internet, o aluno tem acesso a todo tipo de informação e não precisa copiar nada, o “prato” já vem servido, é só degustar. 

O problema é que estarão consumindo coisas prontas sem exercitarem seu potencial de criação e sem o acompanhamento da escola ou de algum professor que possa legitimar o conteúdo assimilado. Por este motivo não me surpreendo com o baixo índice de aprovação nas redações do ENEM. As escolas estão migrando ainda que legitimamente, para as telas com visores coloridos e os alunos usando os modernos equipamentos onde precisam apenas digitar. 

Diante desta evolução tecnológica, devemos pensar um novo paradigma educacional, que contemple uma constante evolução do conhecimento, mas com ênfase especial na gramática e na literatura que são matérias que cimentam o caminho para quem quiser mudar de patamar.

Anildo Martins da Silva
Imagem: leitura.com

(anildoms@yahoo.com.br)