quarta-feira, 20 de julho de 2011

Supernova


Tem cicatrizes aqui dentro, tatuando sombras, como o mofo cobrindo essas paredes. O cair dos dias tem soado como uma canção triste, às vezes sinto como um lamento sendo sussurrado na minha cabeça, outras parece que é mais uma canção órfã de que eu não sei o nome, e outras ainda é só o vento na janela. As noites se resumem na vertigem de alguém que se imagina caindo em um buraco, no escuro. Ai você aparece, me pega pela mão e me põe em pé, e eu caminho de novo. Então posso fingir ter o controle de tudo outra vez, pois você me mantém em animação suspensa. De certa forma, estou dizendo que sem o teu sorriso eu me sinto o nada em ascensão, ricocheteando entre um devaneio e outro. Eu te vejo assim desde o dia em que te conheci. Como uma supernova, explodindo, rasgando o céu escuro com sua energia e luminescência, assim foi você no dia em que explodiu na minha vida, deixando-me extasiado na poeira das estrelas que pontilharam meu céu veludo azul escuro. De certa forma, estou dizendo que te amo, que me alegra saber que em alguns momentos te faço feliz. Essas palavras soam como se eu estivesse perdendo a minha alma, algumas vezes parece um lamento, ou ânsia de querer retribuir o bem que você me faz. De certa forma, estou dizendo que te aguardo todos os dias. E enquanto você não chega, eu sigo sentindo a vertigem, cicatrizando.

Fabio Vinicius Monteiro
Imagem: Google
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