Foto: Celso Ferruda |
Lá no horizonte,
O rubor da tarde
Vai redesenhando
Um quadro sem igual,
Todas as cores
Misturam-se calmas
Prá pintar a imagem,
De um belo final.
Formam-se as imagens
De tanta candura,
Que enternecem as almas
De todo mortal;
E os grilos cantores
Elevam seus acordes,
E se ouvem vozes,
De um canto ancestral.
A beleza é tanta
Que o pago adormece,
E a noite pampiana
Estende seu manto;
A bicharada toda
Vai se aquietando,
E um silêncio grande
Inspira meu canto.
Ah, como é lindo
O entardecer no pago,
Que até me comovo
Ao lhe contemplar;
Reporto-me aos tempos
De tanta ternura,
Quando da varanda
Mateava a esperar.
Me invade nesta hora
Uma saudade imensa,
Porque em outros tempos,
-Nos tempos de Piá;
Nunca imaginei
Que chegasse o dia,
Que eu fosse fazer versos
Pra te homenagear.
Cireneu Pierezan
lindissimo poema Cirineu..obrigado por utilizar imagens que compartilhei...abraços literarios...e fraternos..
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