Como está difícil
para nós, brasileiros, no atual estado das coisas, ouvir, pensar e agir no
sentido de produzir fatos positivos e melhorar ao menos, o ânimo das pessoas. A
perplexidade é geral e mesmo aquelas pessoas que tentam dissimular os
acontecimentos em prol de seus interesses, se sentem incomodadas com a
possibilidade de um desfecho desastroso e que possa provocar,,além de uma
fragmentação turbulenta,da sociedade, danos irreversíveis na economia do país.
Convulsão social não interessa a ninguém, mas o país estagnado, também não. Temos que
colocar um ponto final em tudo isso. A magnitude dos acontecimentos assusta e
também dificulta qualquer tentativa de consenso. Por este motivo, não acredito
em solução para a crise, sem o aval da sociedade. Só a vontade popular poderá
interferir no rumo dos acontecimentos, forçando com seu poder o Estado a mudar
ou a sair. A governabilidade de uma nação se apóia, em princípio, na
homogeneização das massas, na sua totalidade, não só de uma elite ou de um
segmento ideológico. No ponto em que estamos, a sociedade tem que se aproximar,
serrar fileiras sob a égide de uma só bandeira, em cujas cores ressaltamos o
verde e o amarelo. Nosso país só voltará a ser viável, se movido pela indignação
popular. Nenhum sistema de governo, em qualquer parte do mundo, resistirá por
muito tempo, sem a sustentação da sociedade. No caso especifico do nosso
sofrido Brasil, creio que o problema do momento, não seja somente a corrupção
financeira, mas a falta de todos aqueles valores morais que fazem uma sociedade
próspera e estável. Falta ética, moral, bons costumes e humanidade. Não pode
seguir em frente um plano de governo imoral, desonesto e isso vale para todos os poderes
constituídos. A injustiça social é escandalosa, o que denota o distanciamento
dos programas de governo da sociedade menos favorecida. As tão propaladas
conquistas sociais que até aqui respaldavam as decisões do governo, caíram por
terra ao se constatar que não passavam de quirelas de segunda, servidas em
bandejas de prata, para saciar a fome de uma fatia de excluídos que de tão
miserável, nada tinha a reclamar. Vamos nos unir, buscar bons exemplos em
líderes que o país produziu no passado e, se não for suficiente, trazer de fora
dele, mas vamos ajudar na solução.
Anildo Martins da
Silva
Imagem:rondoniaempauta.com.br