domingo, 7 de outubro de 2012

Eu quero a minha paz


Eu quero a minha paz. Eu quero a paz que vem dos ventos. A paz que vem da fúria dos mares. A paz que vem do movimento das árvores na tempestade da floresta. Eu quero a paz que vem dos conventos, dos seminários, dos retiros religiosos. Que vem das escolas, das igrejas e dos mosteiros.
Quero também a paz que vem dos corações humanos. De uma alma em prece. De um Espírito em meditação. Eu quero a paz que vem de Deus.
Eu quero viver a paz que vem de ti, do teu corpo, do teu espírito, do teu amor, do nosso acalanto. Quero a paz que vem da profundeza dos sentimentos. Quero a paz que cintila em teus olhos, na majestosa ondulação dos teus cabelos, no desenho da escultura do teu corpo. Mas quero também a paz que estimula a concórdia, auxilia na união dos povos, propicia amizade entre as pessoas, proporciona sossego, calma e quietação. A paz que traz serenidade se encontra com o silêncio e se completa com o amor.
Quero a paz dos escritores que iluminam os espíritos. Quero a paz pregada por Camões em seus versos. Por Camilo Castelo Branco e Érico Veríssimo em seus romances. Por Jorge Amado em suas histórias do mar. Quero a paz preconizada por pensadores e filósofos, como Malba Tahan, George Sand, Pitágoras e Allan Kardec. Quero a paz de um sonetista como J. G. de Araujo Jorge e de um folclorista como Simões Lopes Neto. Quero ainda viver a paz mística de um Paulo Coelho e a satirizada de um Luis Fernando Veríssimo.
Quando o mundo se livrar das guerras, eliminar a maldade, o ódio, a crueldade, a mentira, a estupidez e a ignorância, quando deixar de existir a angústia, o ciúme, a delação, o desprezo e a desarmonia, então o mundo será melhor, os homens se entenderão e se ajudarão e a humanidade mostrará a sua luz.
então eu viverei em paz. A paz que eu quero. A paz de que eu preciso. A paz que emana da natureza celestial. Quero e quero muito a paz que brota no coração dos seres humanos. Nos corações apaixonados que se nutrem dos sentimentos de ternura.
Quero a paz que tem o sorriso de uma criança. Quero finalmente sentir a paz que exala das pessoas iluminadas, que vieram para este mundo para irradiar e iluminar com o amor todo o planeta terra.
Reinando a paz em todos os corações de todos os habitantes podemos, então, emoldurar o mundo com a bonita frase do grande poeta brasileiro Antonio de Castro Alves, o poeta dos escravos, do navio negreiro e das espumas flutuantes: “ A cabeça que se levanta para o céu e o braço que se abaixa para a terra, voltam-se ambos para Deus.”


Erony Flores

Imagem: Google

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