segunda-feira, 5 de março de 2018

Síria


Tanto me comovem estas crianças em terra jogadas.
Assassinadas pela covardia de gente sem coração.
Querem construir uma nação, mas matam os pilares...
Destroem a flor, o perfume e apagam a poesia que amamenta.

Ghouta Oriental!...o que o mundo, criança, deve para ti?
Damasco, o que estás fazendo com teus inocentes?  Socorre-os!...
Síria!Tu, Síria! por que queres lavar com sangue inocente teu chão?
Sangram as palavras e chora o coração olhando para ti.

Tantas nações em paz e não tiras um exemplo para viver!
De que adianta destruir a nação, colocar tudo ao chão,
Reconstruir depois com as almas que sorriem, enterradas?
Liberta-te destes pensamentos, de primórdios e covardes!

Cuida dos teus filhos! Ama-os, Mãe Síria!-Damasco, Colabora...
São filhos teus massacrados, antes serem amados. Eles te amam...
-Destrói teus foguetes de sarin, elimina este inferno da terra.
Constrói pontes e fontes para alimentar tuas crianças e teu povo.

Que seja de pão e ovo, a maneira de viver, mas sem estas brutalidades.
Que caiam teus governos, que vivem pelo sangue e que nasça o amor.
Que viva a flor, seus encantos, as crianças, por todos os cantos...
Que sumam tuas armas destruidoras e que apareçam a paz e os faróis para novos dias..

Celso Ferruda -Poeta Marceneiro
Imagem: via Google

2 comentários:

  1. Belo, como sempre, poema. Parabéns.
    Acabo de ler um livro sobre a Síria ( na realidade sobre a vida de um espião israelita que vivia na Síria, é descoberto e enforcado). É uma República tipo monarquia: a família do líder atual (cuidem, um médico!), que manda jogar bomba química sobre sua própria população, Bashar Al Assad é filho do Hafaz Al Assad - estão no poder, de pai pra filho, desde 1971!!!!

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  2. Parabéns Celso Ferruda pelo retrato fiel de um povobárbaro que se vinga da sorte no sangue das suas crianças.

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