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| Pietà - Michel Angelo |
Que doce enlevo,
Que imagem pueril.
A mãe que segura,
O filho nos braços.
Que suave magia,
Envolve o momento
Plasmado em retinas,
De quem nela se mira.
Que amor tão grandioso,
Que cena sublime.
E as lágrimas que correm,
Nas faces sagradas.
Unindo-os assim
Na eternidade.
O tempo definhe..
A hora é agora.
E a cruz que os aguarda,
A mãe o carrega.
Suave os lábios,
Que pousam na fronte.
A cruel realidade,
Arranca-lhe dos braços.
É hora - já sabem,
A morte já chega.
Piedade – murmura
A boca entreaberta.
Inexiste piedade,
Caminhos não há!
Ao filho amado
A cruz o espera.
A mãe e sua sina,
Em vida está morta.
Gladys Giménez
Imagem: Google
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