domingo, 23 de agosto de 2015

Animus/ Anima



Vago errante, como Édipo
Com os olhos vazados de escuridão.
Um vento gelado açoita minha carne
Fazendo sangrar minh´alma
Em abismos de solidão.
Grito por ti...
Sinto teu hálito quente...
Mas tua imagem se esvai nas areias do tempo...
Por orgulho e vaidade,
Fomos condenados a deixar o paraíso.
Não mais me reconheço em ti
Não te reconheces em mim...
Fomos condenados a nos encontrar
Em efêmeros momentos, de gozo e paixão...
Por breves instantes, sou o sal do teu corpo...
Tu o néctar do meu ser...
Somos uno novamente...
Adão e Eva de volta ao paraíso.


Jandira Weber
Imagem: Google

Um comentário:

  1. "...por orgulho e vaidade." Dois sentimentos que não deveriam fortalecer-se onde existe amor. Belo poema, Jandira. Parabéns!

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