domingo, 3 de setembro de 2017

Minha Profissão Inspira Poesia



Ah martelo! que bate, feito coração apaixonado.
Navalhas que cortam como a saudade por esperar.
Dentes que circulam feito a vida, e estraçalham a felicidade....
Farpas que cravam como sentir a dor da partida da amada...


Parafusos retorcem. Na dor, um carnal, para segurar a vida.
Miúdos pregos que prendem elogios...outros a fraqueza entorta
Gigantes para cuidar, obedientes homens para desvendar..
Caneta sábia, risca o traço do sonho, revertido em felicidade.


Cruel homem, corta o sentido, estraga a planta do verso perfeito.
Canção e melodia sobre tábuas, ao som das correias e motores.
Maquinas que colam as bordas e prensam desejos são inúteis.
Como inúteis são aqueles que acreditam: - o melhor e massacrar.


Nas cargas que vão e vêm, rodam mundos de ideais e sonhos.
Rodam lixas, fitas de corte. Roda a boa sorte e o esquadro do lar.
Plumam-se vidas, desenvolve-de ideias. outros as pintarão...
Tiro o pó. Fico na saudade. Bem verdade! Minha missão cumpri. Aposentei..


Celso Ferruda
Imagem: Internet

2 comentários:

  1. Esse carinha realmente é craque. E deve ser de origem portuguesa, denunciada pelo uso do adjetivo 'miúdo'. Parabéns ao 'colega craque'.Abraços.

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  2. Legal Celso! Se continuares nesse caminho, os móveis estarão dialogando em poesia.

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