Naquele tempo , as ruas da minha cidade não eram decoradas como hoje , somente o interior das casas recebiam o toque mágico do Natal , e as pessoas não ficavam tão agitadas como acontece durante os últimos Adventos . Estávamos na metade do mês de dezembro , e eu ainda não sabia o que iria ganhar no Natal . Então a véspera do Natal chegou e, como sempre , fui deitar-me na hora de costume . Nesta noite , com certeza , mais ansioso do que nas outras.
A noite passou, e o sol já começava a varar o oitão da casa , colocando seus raios por entre as frestas da madeira . Estava na hora de levantar e espiar na sala o que “Papai-Noel” havia deixado para mim . Não me contive de alegria , quando avistei um embrulho com formato de violão , em cima da mesa , junto com outros presentes . Apesar de não conter o meu nome , eu tinha certeza de que aquele presente era para mim , pois meus pais sabiam o quanto eu gostava de pegar emprestado o violão do meu amigo Cecílio, que morava na casa ao lado da nossa . Não podendo conter a emoção , peguei o pacote e rasguei o papel , descobrindo um lindo violão amarelo . Sem que eu suspeitasse, meus pais me observavam por entre a porta do quarto . E eu , sentindo-me um grande músico , comecei a dedilhar os primeiros acordes no “meu ” violão . Foi quando escutei algum barulho que identificava a presença de meus pais na sala , externando um alegre sorriso . Eu era um menino , o mais feliz de todos , uma criança que acabava de ganhar o seu brinquedo de Natal , o brinquedo mais desejado no momento .
J.G.Ribeiro
Parabéns ao Jacy. Como é bom ter sonhos e realizá-los.Grande abraço Marilene Vargas
ResponderExcluirFeliz natal